Academia de Arbitragem - 9º Dia

Depois do curso de Nível 2 ter decorrido da melhor forma, iniciamos uma nova etapa. Ou melhor, duas novas etapas: o 1º Curso de Formação de Nível 3 Elite e o 1º Seminário de Árbitros de Futebol Feminino.

Jorge Faustino, de Leiria, refere: “À chegada à Academia sentia-se no ar um misto de sentimentos. A ansiedade e a motivação dos que chegavam misturavam-se com a alegria, mas também cansaço, dos árbitros que terminavam o curso avançado de nível 2. Doze árbitros e nove árbitras vão iniciar o curso mais importante das suas carreiras até ao momento e isso foi algo notório na atitude e semblante à chegada.”
De facto, os resultados obtidos no curso de Nível 3 serão determinantes para, entre os 12 participantes, selecionar os 10 árbitros que irão frequentar o estágio na categoria C1. Nesse estágio, os dois primeiros classificados serão promovidos ao escalão mais alto da arbitragem portuguesa. O seminário de futebol feminino tem, também, uma componente de seleção das 3 árbitras, entre as nove participantes indicadas pelas Associações Distritais, que integrarão o escalão federativo.

Neste primeiro dia, árbitros e árbitras realizaram os testes escritos das leis do jogo e de inglês e o teste físico, cujos resultados foram globalmente positivos. Enquanto no curso de Nível 3 as temáticas abordadas se relacionaram com a História da Organização e das Competições, ministrada pelo ex-árbitro Vítor Reis, e Psicologia Desportiva 2, a cargo do Psicólogo João Nuno Pacheco, o seminário de futebol feminino centrava atenções na História da Organização e das Competições Femininas, na Sociologia do Desporto e nas Leis do Jogo e Técnicas de Arbitragem.

Mónica Jorge explica Organização do Futebol Feminino

A Academia de Arbitragem iniciou, pela primeira vez na história do futebol em Portugal, um Seminário Especifico de Futebol Feminino. Pela primeira vez, não há um simples curso de árbitros para mulheres; mas um curso de arbitragem no feminino. Qual a diferença? As formandas são árbitras, mas isso já acontecia. Então? Qual a diferença? Havia formadoras? Havia, e de categoria, como a ex-selecionadora Nacional e atual Diretora da Federação Portuguesa de Futebol, Mónica Jorge, a ex-árbitra Ana Brochado e a preparadora física Carla Henriques. De notar que apenas o dirigente do Conselho de Arbitragem e responsável pela Arbitragem Feminina, Paulo Costa, ministrou a unidade Técnicas de Arbitragem. Mas não foi a principal inovação. O mais importante foi a própria proposta, o desafio para um novo paradigma desportivo na arbitragem de futebol em Portugal: pugnar por uma política inclusiva, que dê às mulheres iguais oportunidades sem renunciar à sua singularidade, à riqueza da sua feminidade.

Testemunhos

Para mim é um privilégio e uma honra ser dos primeiros alunos da Academia que vai transformar a arbitragem em Portugal (Tiago Martins, Lisboa).

Este curso significa que temos total apoio deste Conselho de Arbitragem para nos promover, ensinar e com isto tornar-nos melhores e mais competentes (Sérgio Soares, Porto).

É um grande orgulho ter conseguido chegar aqui para poder evoluir como árbitro e ser humano (Carlos Espadinha, AF Portalegre).

Sabia que…

- Em 1894, foi dado ao árbitro o controlo completo do jogo. A partir daí, os jogadores abstêm-se de participar nas decisões por ele tomadas.

- Em 1895, passam a ser obrigatórias as redes das balizas em jogos internacionais. Os postes e a barra das balizas deixam de poder exceder 5 (cinco) “inches” de espessura (12,5 cms); Também nessa data, o jogador que executa o lançamento da bola pela linha lateral tem obrigatoriamente de se colocar sobre a linha respetiva.

FONTE: FPF

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