Policiamento obrigatório em todas as competições

Teve finalmente efeito a pressão feita nos últimos meses pelos árbitros contra o fim do policiamento obrigatório nas competições organizadas pela FPF.
Há algumas semanas tinha sido anunciada a revogação das regras relacionadas com as provas profissionais. A luta manteve-se, uma vez que grande parte das agressões a árbitros ocorrem nas competições não profissionais; chegou mesmo a ser anunciada uma greve dos árbitros da primeira categoria, caso a FPF e o Governo não voltassem atrás com a decisão tomada nas últimas semanas do ano passado.
Em comunicado, que remete para uma reunião de direção ocorrida no dia 23 de abril, a FPF anunciou ontem ter sido revogado o Comunicado Oficial n.º 165, datado de 7 de novembro, que ditava o fim da obrigatoriedade no policiamento para as provas de futebol e futsal. A única dúvida que subsistia em relação a este assunto polémico dizia respeito à duração da suspensão. Nas reuniões iniciais, que não mereceram aprovação por parte de um dos parceiros – a APAF –, a FPF sugeriu a suspensão apenas até o final desta época. No comunicado de ontem nada foi referido, pelo que a decisão será permanente.

APAF

A decisão mereceu a aprovação da classe que mais estava preocupada com o fim do policiamento obrigatório, a dos árbitros. José Gomes, presidente da APAF, acha que foi feita justiça: “Esta decisão da Federação é no nosso entender a mais justa e vem ao encontro das nossas pretensões.”
O dirigente de 36 anos explica ainda que este era o caminho que mais desejava: “Após algumas reuniões, concluiu-se que este não seria o caminho ideal para o futebol português. A Federação foi sensível à situação e resolveu anular o comunicado de novembro. Assim, deixa de ser permitido que os jogos se realizem sem policiamento.”

FONTE: Jornal Record

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