O dia principal do Curso de Formação Avançada de Observadores de Árbitros de Futebol começou com o teste das Leis do Jogo e Regulamentos, a que se seguiram nove horas de aulas.
As primeiras duas horas, dirigidas pelo Prof. Doutor António Luís Montiel, Coordenador Pedagógico da Academia, dedicaram-se à Orientação de Estágios de Observadores. Trata-se de uma Unidade Curricular que decorre do Plano Nacional de Formação, pois os formandos, após este Curso teórico-prático, entrarão num período de estágio em que contarão com a orientação de um tutor, mas em que também eles próprios serão tutores de observadores estagiários do escalão inferior.
A inovadora opção de atribuir a estagiários a função de orientar outros estagiários mais “novos” vai permitir que estes formandos possam lucrar aprendizagens tanto pelas suas experiências pessoais como pela reflexão sobre as experiências dos tutorandos que lhes forem confiados.
O prato forte do dia foram as quatro horas dedicadas ao Processo de Aperfeiçoamento da Observação e ao Processo de Avaliação de Desempenho. As aulas foram orientadas pela Prof.ª Doutora Ana Passos, especialista do Departamento de Recursos Humanos e Comportamento Organizacional do ISCTE.
Finalmente, o Vice-presidente da Secção de Classificações do Conselho de Arbitragem, Dr. Nuno Castro, iniciou a abordagem dos Objetos de Observação e Relatório, Unidade Curricular que permite aos formandos ganhar uma maior consciência sobre as especificidades da função confiada aos observadores de árbitros.
Ana Passos (ISCTE) e a formação de Observadores
“O objetivo desta sessão foi trazer aqui alguns dos aspetos mais importantes na avaliação e emissão do julgamento. Estivemos a abordar tudo o que está relacionado com os enviesamentos cognitivos, nomeadamente as heurísticas e os erros de avaliação que podem ocorrer nos mecanismos utilizados pelas pessoas para emitir um julgamento.
Penso que é um tema extremamente relevante para os observadores pois a natureza da sua atividade implica emitir julgamentos sobre o que se passa em jogo e, nesse sentido, é fundamental ter a perceção clara dos erros que são cometidos no processamento de informação.
Gostava de salientar só mais uma questão. Esta relação entre a nossa investigação e a Academia (neste caso, com este curso e esta formação) revela-se muito interessante e fundamental”.
FONTE: FPF
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