Academia de Arbitragem - 22º Dia

No penúltimo dia do curso iniciou-se a unidade de Pedagogia Desportiva. João Marques refere que “Na nossa ação de Tutoria, iremos por em pratica muito do conhecimento que hoje aprendemos em Pedagogia. E hoje aprendi que para uma prática de pedagogia temos de ter duas componentes: Capacidade e Disponibilidade pedagógica. Que resumidamente significam, Saber do que estamos a ensinar, e ter uma atitude aberta com o nosso formando, respetivamente.” José Dias prefere questionar “O que é a empatia? Para que serve? Exigências de um formador. O formador tem que saber o caminho. E saber se esta a passar a mensagem corretamente.”

Sobre a Unidade de Tutoria, Nelson Pascoal afirma “Foi uma sessão bastante interessante apesar do cansaço já ser bastante notório em todos os formandos. A tutoria é de facto um salto em frente nas nossas carreiras de árbitros, e como tal este módulo é muito importante para podermos transmitir os nossos conhecimentos e vivências aos nossos tutorados. A minha esperança é que consiga transmitir os meus conhecimentos com competência e com isso ajudar os jovens árbitros a serem melhores e com mais capacidades.”

Fernando Cunha também sustenta que “um árbitro de futebol começa por tirar o curso, vai ao primeiro treino, apita o primeiro jogo, obtém a primeira promoção, aumenta a qualidade e a intensidade do treino, partilha conhecimento, recebe conhecimento, obtém mais uma promoção e assim sucessivamente… Mas afinal, o que une todas estas etapas? Os objetivos pessoais e coletivos, está claro. Esta foi uma nova aprendizagem! A correta formulação de objetivos, objetivos SMART.”

Aproxima-se o último teste e vê-se no Centro de Rio Maior uma súbita acalmia que só é quebrada por uma ou outra disputa de conhecimento mais acalorada. Sentem-se vibrações pensantes no ar e isso é sinal de que a Academia está viva!

Salvar uma vida? Quem sabe… Obrigado, Valdemar!

Depois de um dia longo e de um treino suadinho, um banho retemperador e um caminhar apressado para o refeitório, seguros de que a D. Bia preparou mais um belo petisco. Ainda não há muitos árbitros a jantar. Gonçalo Nunes prova um cogumelo que, parecendo ter vontade própria, se fixa na traqueia do açoriano, de São Miguel, impedindo-o de respirar.

Poucas pessoas se apercebem do que está a acontecer e rapidamente a sua face muda de cor e os olhos se esbugalham. Um colega corre a chamar ajuda e eis que entra em ação Valdemar Maia. Tranquilo, mantém o sangue frio e, quem sabe?, coloca em prática os conhecimentos que Henrique Jones transmitiu na véspera. Feita a manobra de Heimlich, Gonçalo ganha, literalmente, um fôlego novo. Mais tarde, sentindo uma ligeira impressão na garganta, não enjeita o bacalhau que a D. Bia fez mas acreditamos que, no seu íntimo, vai dizendo “Obrigado, Valdemar!”

Testemunhos

“Significa poder participar num projeto inovador que tem como objetivo formar melhores árbitros, mais competentes, e acima de tudo adquirir novas ferramentas e conhecimentos, que irão facilitar o meu desempenho dentro do terreno de jogo.” (Sérgio Guelho, Guarda)

“Para mim significa muito participar nesta ação pois é uma grande oportunidade de poder adquirir métodos que conheço pouco ou que desconheço da arbitragem. Estou confiante para esta ação e espero tirar o maior partido dela.” (Bruno Ventura, Coimbra)

“Será um sucesso certamente por parte da Academia esta nova aposta de futuro. Tenho como grande expetativa encontrar colegas de diversos pontos do pais, trocar ideologias que não nos são permitidas a nível distrital, mas acima tudo aprender com aqueles que para nós sempre foram uma imagem, um ícone e que agora nos poderão dar o seu contributo a nível formativo.” (André Duque, Setúbal)

FONTE: FPF

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