A equipa de arbitragem portuguesa que dirigiu a final do Euro2012 regressou a terras lusas dia 2 de Julho, e ao desembarcar no Aeroporto de Lisboa contou com o apoio e os aplausos de muitos familiares e amigos, alguns deles também árbitros. Visivelmente emocionado, o chefe de equipa Pedro Proença deu conta do sentimento proporcionado pela nomeação da UEFA, a par de Bertino Miranda, Ricardo Santos, Jorge Sousa e Duarte Gomes.

«Sem dúvida que foi o ponto mais alto da carreira. Depois da final da Liga dos Campeões, ter a sorte e o privilégio de estar na final do Europeu foi um grande presente, sobretudo para a arbitragem portuguesa», começou por dizer. «Como português, gostava muito mais que a seleção tivesse chegado à final, como tal não aconteceu, ter a confiança da UEFA para dirigir a final é um grande momento para a arbitragem portuguesa», acrescentou.

Questionados sobre os efeitos que a sua nomeação para a final poderiam ter, a nível interno, Proença aproveitou a ocasião para defender a profissionalização. «Das doze equipas que estiveram no Europeu, a nossa é das poucas que é amadora. É sinal de que trabalhamos bem em Portugal. Esta nomeação mostra que os árbitros portugueses têm tanta qualidade quanto aqueles que estão lá fora, e as instâncias internacionais reconhecem-nos valor. Espero que Portugal consiga desenvolver algum trabalho na arbitragem, e que de uma vez por todas as pessoas percebam que é preciso repensar a estrutura, para que os árbitros sejam profissionais», disse o árbitro lisboeta.

A finalizar, Proença mostrou-se disponível para «continuar a prestigiar o futebol português e a arbitragem nacional», e comentou a ausência de representantes do Governo na sua chegada, algo a que a Seleção Nacional teve direito. «Os políticos desempenham o seu trabalho como pensam. A nossa equipa de arbitragem foi a única, das doze, que não foi recebida pelo Governo antes da prova, mas também foi a única a chegar a final. Se calhar há uma relação direta», afirmou.

Fonte: Mais  Futebol

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